Não é sempre que se pode dizer que um filme adaptado ficou tão bom quanto o livro. O caso de "A cor púrpura", contado pela premiada escritora Alice Walker, se encaixa perfeitamente nessa fuga da regra.
O livro foi transformado em filme na década de 80' (1985), contando com a direção de Steven Spielberg que conseguiu, com a ajuda do roteiro adaptado pela própria Alice Walker, levar para as telas de cinema cada ponto de emoção necessária para definir grandes mulheres que tiveram a coragem de viver em uma época assombrosa para qualquer ser dotado de novos sonhos e idéias.
Foto: Oprah Winfrey no papel de Sofia.
Qualquer pessoa que já assistiu ao filme certamente sabe dar valor às mulheres, já que o roteiro "sapateia" sobre discriminações sexuais absurdas onde uma menina que é estuprada pelo pai, torna-se mãe de duas crianças e logo em seguida é doada a um homem que a trata como escrava e a submete aos mais terríveis níveis de humilhação em nome do seu poder de marido.
Mesmo tendo todos os motivos para atrofiar sua capacidade de amar, Celie (magnificamente interpretada por Whoopi Goldberg ) mantém em segredo seus sonhos e planos para o futuro, escrevendo cartas para Deus e a família perdida.
A cor púrpura é um filme que retrata como seria a vida acomodada, sem pessoas talentosas e bravas, guerreiras que lutam pelos seus objetivos e não desistem de mudar. Acreditem, este mundo seria nojento!
Ao longo da história, observamos a desunião das pessoas por causa da cor da pele e, também dentro do grupo discriminado, o preconceito contra as mulheres, todas com alguma coisa a dizer, mas sempre com uma mão peluda lhes tampando a boca.
Também através da música, os personagens expulsam seus demônios e cantam para gritarem suas existências... cantam o mais blue dos blues para jamais serem esquecidos.
Como neste trecho de "Sister, de Qunci Jones":
"I've got news for you...I'm something, I hope you think that you're something too...
" Tenho boas novas pra você...Eu sou alguma coisa e espero que você ache que é alguma coisa também"
Nunca é tarde para um bom filme, ter nascido depois da estréia não é desculpa para não conhecer esta história. Até o próximo post.
É emocionante mesmo. Grandes atuações e música de arrepiar a alma!
ResponderExcluirah, esse filme é contundente e reflexivo!
ResponderExcluirParabéns pelo blog, estou lendo mais do seu arquivo pra me situar, sou seguidor, abs
Oi, grato pelos comentários no meu blog.
ResponderExcluirpra ser seguidor lá, basta ir no menu à direita, onde tem escrito 'apimentadores', clicar em 'seguir' e logar com sua senha do blogger e confirmar pra finalizar.
abraço, vê se consegue e grato pelos comentários expressivos!
Olha você me fazendo relembrar e cantarolar o blues da Shug. d=
ResponderExcluirNossa, como eu adoro esse filme! É daqueles que quando recomendo a alguém acabo revendo junto.
Muito boa recomendação, Caio.